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Relações Públicas: um mercado vivo e em dinâmica constante

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  2. Vianews

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  4. 8/2/22

Você pode ser o melhor profissional do mundo em sua área de atuação! E trabalhar para uma empresa que tenha soluções que irão revolucionar a sociedade. Mas se ninguém souber disso, de nada adiantará. Suas expertise e experiência e seu produto revolucionário têm de se tornar conhecidos do mercado – qualquer que seja o mercado escolhido. E é aqui que entra a agência de Relações Públicas.

Com toda certeza, ações de publicidade são vitais para que esse awareness se torne realidade. Mas apesar de todas as regulações e normas que existem nessas áreas neste início da terceira década do século XXI, elas continuam a ser ações de publicidade. Ou seja, dependem da divulgação paga.  

A agência de Relações Públicas (ou RP) opera para transmitir ao mercado mensagens e valores de sua empresa organicamente, em um modelo que não envolve a compra de espaço na mídia ou outras ações pagas.. De acordo com o Anuário da Comunicação 2021, que há 12 anos faz anualmente um mapeamento completo do setor de relações públicas e comunicação empresarial do País, esse mercado movimentou R$ 3 bilhões em 2020. Segundo a pesquisa, são cerca de 1.500 agências no País.

Para a Public Relations Society of America, o termo “relações públicas” se refere ao uso de uma estratégia de comunicação que gera uma relação entre uma instituição e seu público, criando benefícios para ambas as partes. Para que isso seja possível, o trabalho de uma agência de RP geralmente é iniciado pela criação de um plano de comunicação para seu cliente. Neste documento, serão descritos veículos de mídia a serem procurados, tipos de ações que serão realizadas e influenciadores que serão buscados. Sempre levando em conta as particularidades de cada cliente. Trata-se de uma estratégia de comunicação integrada, que pode conter ações de assessoria de imprensa, campanhas de mídias sociais, realização de eventos (on e offline)… As opções são inúmeras.

Serviços e mudanças

Para que o trabalho flua adequadamente e que atinja os objetivos iniciais, todas as partes envolvidas devem fazer o dever de casa. Cabe à agência de RP atuar como consultora e transmitir firmemente ao cliente o que dará certo – e o que não dará. Para isso, é necessário conhecer profundamente a empresa e seus valores, suas soluções e produtos e o mercado em que atua. Já o cliente deve manter em mente que se contratou uma agência de RP, deve acatar suas recomendações. Há inúmeros casos de empresas que concluem que precisam de serviços de Relações Públicas, mas que simplesmente decidem não seguir o plano de comunicação criado. É claro que assim, os resultados alcançados não serão os esperados.

Esse conhecimento do mercado e do que funciona (ou não), que sempre foi essencial para o sucesso na área, ganhou ainda mais importância na última década, devido às mudanças no mercado jornalístico brasileiro. O número de veículos de mídia encolheu, assim como o de editorias e de jornalistas. Esse processo foi iniciado ainda nos anos 90, quando a então nascente Internet tornou a informação mais barata. Com o tempo, os grandes jornais impressos viram suas enormes edições perderem páginas e editoriais. Revistas de renome fecharam ou encolheram. Contraditoriamente, foi a época da explosão dos veículos (digitais) de nicho, cada vez mais especializados e voltados para um público próprio.

Nesse cenário, em que os veículos de imprensa tradicionais começam a minguar, como continuar com o trabalho de garantir divulgação orgânica? O mundo digital pode ser um dos causadores desse cenário, mas também trouxe soluções. Surgia o influenciador digital, quase sempre voltado para um público específico, algo que passou a fazer muito sentido, em uma época em que a comunicação deixa de ser de massa e passa a procurar audiências específicas. Além disso, as redes sociais geraram enormes possibilidades de exposição orgânica, ainda que se debata se posts sem impulsionamento pago realmente têm algum alcance. Mas essa é uma outra história.

Este novo cenário pode parecer carregar nuances apocalípticas para profissionais agarrados aos modelos tradicionais de Relações Públicas. Mas, na verdade, trata-se de uma mudança no modelo de negócios, ainda que ampla e (possivelmente) traumática. Aqui na Vianews, por exemplo, as equipes procuram entender como superar esses desafios e buscar novas estratégias (leia o artigo “principais tendências de marketing e comunicação para 2022 – Vianews”).

É uma estrada sem volta: o digital veio para ficar, e as agências devem ter em mente que apenas buscar exclusivas em grandes jornais não é mais o necessário para garantir um trabalho de Relações Públicas que transmita a mensagem do cliente para a sociedade e o mercado.

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